quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Reconhecimento da dor

            Sabe-se que as estruturas anatômicas e os mecanismos neurofisiológicos na percepção da dor são semelhantes no homem e nos animais, sendo razoável admitir que um estímulo que é doloroso para uma pessoa poderá induzir respostas comportamentais semelhantes nos animais (Thurmon, 1999).
            Além da lesão tecidual que estimula a nocicepção e a inflamação, contudo outros fatores também devem ser considerados na dor pós-operatória, como a anestesia e o estresse (Shavit et al., 2006; Breivik e Stubhaug, 2008).
            O diagnóstico de dor deverá ser baseado na história (local, natureza, duração e complicações relacionadas à cirurgia), no exame físico (inspeção, palpação, verificação de sinais vitais e alterações nas respostas autonômicas), na avaliação do comportamento animal (postura corporal, irritabilidade), nos achados laboratoriais (cortisol, catecolaminas) e na quantificação da intensidade da dor. A detecção da dor nos animais pode ser extremamente difícil, principalmente se o observador não estiver familiarizado com o comportamento da espécie. Alguns deles não demonstram sinais óbvios de dor (particularmente quando interagindo com pessoas), ou demonstram apenas discretas mudanças comportamentais como isolamento e apetite caprichoso (Mckelvey e Hollingshead, 2003). Assim sendo, pode-se estabelecer sinais de dor e desconforto pós-operatório por meio da observação de alterações de personalidade ou atitude, nível de atividade, qualidade do sono, expressão facial, preocupação com a área traumatizada, vocalização, postura, parâmetros cardiorrespiratórios, apetite e ingestão de água. (Hellyer, 1999). (Trechos da  tese de doutorado de Teresinha L. Martins (www.teses.usp.br)
Algumas referências: Thurmon JC, Tranquili WJ, Benson GJ. Perioperative pain and its management. Essencials of Small Animal. Anesth Analg. 1999; p.28-60; Shavit Y, Fridel K, Beil B. Postoperative pain management and proinflammatory cytokines: animal and human studies.  J Neuroimmune Pharm. 2006; 1:443–51................

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